terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Merlin - Os Anos Perdidos, T. A. Barron [Opinião]




Título Original: Merlin – The Lost Years
Autoria: T. A. Barron
Editora: Editorial Presença
Colecção: Diversos Literatura, N.º 75
N.º Páginas: 304


Sinopse
Antes de ser Merlin, ele era apenas um menino, sem terra, sem memória, sem nome. Um mar tempestuoso lançara-o para as costas escarpadas do país de Gales, juntamente com uma mulher de extraordinária beleza que dizia ser sua mãe. Cinco anos mais tarde, estão a viver juntos numa aldeia, mas o rapaz sonha descobrir a verdade sobre si próprio e sobre os seus estranhos poderes, e parte em busca das suas origens. Chega a uma ilha, Fincarya, que se assemelha ao paraíso na Terra, mas rapidamente se apercebe de que uma entidade maléfica, em conluio com o rei da ilha, Stangmar, ameaça destruí-la. Sem saber que Fincarya é a sua terra e Stangmar seu pai, o jovem empenha-se na salvação da ilha e do seu povo e, com a ajuda de um grupo de novos amigos - um pequeno falcão; Rhia, uma rapariga que fala com as árvores; e Shim, um gigante que tem o tamanho de um anão -, tenta entrar no castelo rodopiante do rei, enfrentando perigos inimagináveis.
Aventura, tesouros, criaturas mirabolantes, florestas frondosas, castelos em ruínas e muita magia num épico fantástico que nos revela os anos de juventude daquele que estava destinado a ser o maior mago de todos os tempos - Merlin!


Opinião
Que jovem nunca desejou ser uma personagem, um confidente ou um mero ajudante numa qualquer aventura ímpar de um dos maiores magos de todos os mitos e lendas? Que sonhador nunca ponderou acerca da ideia imaginária de espalhar magia por um mundo que, demasiadas vezes, se vê perpetrado pelas trevas? E que mente desperta nunca antes idealizou a infância, a juventude de alguém que admira, ou de alguém cujo um dia gostaria de ser?

Merlin – Os Anos Perdidos é a resposta a todas as preces juvenis cuja curiosidade em torno de tão enigmática figura mítica, o próprio Merlin, pode vir a tornar-se perigosamente viciante. Esta é, também, e possivelmente, a mais bem elaborada e deliciosamente criativa abordagem aos tão desconhecidos tenros anos desta personagem. T. A. Barron sabe captar o interesse do seu público alvo, com afiadas garras e sedentos dentes, e não fosse eu uma leitora já tão demasiado exigente, dúvidas não me restam de que esta viagem, esta leitura teria sido um autêntico deleite para os sentidos.

Antes de se tornar Merlin, o menino que outrora deu à costa sem casa e sem memória foi Emrys. Ousado, um tanto ou quanto impulsivo – suponho que muito próprio da idade –, curioso e ainda portador de uma certa inocência, nada mais existia no mundo que Emrys quisesse que não descobrir a verdade sobre o seu passado, sobre as suas origens. E assim se inicia uma aventura épica pelo campo da fantasia, ornada pelas mais belas e extraordinárias criaturas sobrenaturais, e pelos episódios mais perigosos, assustadores e enriquecedores possíveis.

O leque de personagens que ilustra esta história é fantástico. Gostei imenso de cada uma das personalidades, matizes tão distintas quanto semelhantes, que batalham em busca de um bem comum, de uma salvação que trará paz e conforto. É verdade que Emrys trata-se de uma figura com um certo encanto para o leitor, que o cativa e embala num princípio cujo fim já lhe é familiar, mas também os seus companheiros são de uma beleza narrativa particular – e tanto ou mais fascinantes que a nossa personagem principal.
Fincarya é outro dos grandes pontos fortes deste conceito criativo, se não mesmo aquele que maior admiração exerceu em mim. Os seus cenários são excepcionais e o maravilhoso que lá habita absolutamente assombroso, e imensamente cativante.  Um local mágico dotado de um ambiente inebriante, que despertará a imaginação do leitor, assim como os seus mais básicos sentidos.

Merlin – Os Anos Perdidos é, então, mais do que a jornada perfeita para os jovens leitores de fantasia que constantemente partem em busca de impressionantes novos mundos e criaturas do sobrenatural. Com uma escrita apelativa e um espírito criativo fértil, T. A. Barron revoluciona o mito e levanta um pouco da cortina sobre o rapaz por detrás da lenda, dando-lhe forma, um passado há tanto desconhecido. Esta é uma aposta singular, e extremamente interessante, que finalmente chega ao nosso mercado – ao fim e ao cabo, quem não gostaria de ler mais sobre tão importante figura no mundo do Rei Artur?

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